sexta-feira, 8 de abril de 2011
NESTAS HORAS DEUS TAMBÉM ESTÁ PRESENTE
Não há lágrimas suficientes para as meninas e meninos de Realengo, mas é preciso que as choremos todas nós também. Não há dor que sintamos e que se aproxime das feridas ficadas em pais que perderam filhos, em irmãos que perderam irmãos, em primos que perderam primos, em tios que perderam sobrinhos, em avós que perderam netos, em amigos que perderam amigos, porque essas feridas são para sempre e a nossa dor deve ser também para sempre. Nesta hora, certamente Deus parece distante, porque gostaríamos que Ele evitasse todos os desatinos, das pessoas saudáveis e dos jovens doentes, suspendendo por um momento o dom da liberdade quando fossem desgraçadas as suas consequências. Certamente, nesta hora Deus está presente naqueles que se importam com tragédias vizinhas e com catástrofes distantes. Nos momentos de horror, Deus esteve presente nos braços que carregaram corpos e nos lábios que confortaram. Deus está presente nos gestos e nas palavras que se indignam e ajudam. Deus está presente nos joelhos que se dobram para interceder por aqueles que ainda almejam viver. Israel Belo de Azevedo
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