quarta-feira, 14 de março de 2012

JULGAR OU NÃO JULGAR?



"NÃO julgueis, para que não sejais julgados.
Porque, com o juízo com que julgardes, sereis julgados, e, com a medida com que tiverdes medido, vos hão-de medir a vós.
E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
Ou como dirás ao teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho; estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão."
(Mateus 7:1-5)


Jesus disse que não devemos julgar.
Não devemos julgar o outro por uma questão de competência, ou melhor: de incompetência. Só Deus tem competência porque Ele vê além das aparências e dos estereótipos, coisas -- assumamos -- além de nossos perfis.
Quando surgir a oportunidade de julgar, devemos meditar na profundidade de nossa ignorância. Nem sequer sabemos metade das coisas sobre nós mesmos, que-diremos do outro!
Quando julgar nos seduzir, devemos nos lembrar que não somos os diretores morais do mundo, de régua na mão para aplicar a palmatória.
Quando julgar nos parecer uma necessidade, devemos nos perguntar antes se o outro não está no caminho da superação, que o nosso juízo poderá abortar. (Obrigado, Rubens Teixeira!)
Se ainda assim quisermos julgar, uma condição precisa ser vencida. Julgar é o segundo verbo, porque o primeiro deve ser tomar o lugar do outro a ser julgado.


Se o outro for ouvido e compreendido, porque amado, ele poderá ser julgado. Uma questão se imporá: que prévios conceitos subsistirão depois deste cuidado? Talvez: nenhum.

Israel Belo de Azevedo

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